16 novembro 2010

Rio São Francisco - Três Marias


Neste feriado fui pescar com o Alexandre, o Maurício e o Marco Aurélio, no Rio São Francisco, na cidade de Três Marias nas Minas Gerais. Nosso alvo principal seriam as matrinxãs, nas galhadas, pescando com moscas de superfície Chernobyl Ant e afins, em dead drift. Eu acabei tentando alguns dourados também, pois seria mais uma espécie diferente para mim. O Dourado do Rio São Francisco tem o nome científico de Salminus Franciscanus e a Matrinxã do São Francisco é uma a espécie de brycon endêmica de lá que o tem o nome científico de Brycon Orthotaenia e portanto, não é nem piraputanga ou tampouco piracanjuba, como muitos ainda insistem em afirmar. O tempo estava variando bastante e a entrada de uma frente fria deixou os peixes menos ativos no segundo e terceiro dia da pescaria, mas mesmo assim todo mundo se divertiu bastante capturando seus exemplares.



Pousada




O Rio São Francisco






O mais legal é que o amigo Luiz Almeida do RJ foi lá nos encontrar. Muito bacana mesmo o encontro, muita experiência trocada, risadas compartilhadas e bom momentos vividos nos 3 dias em que lá estivemos. Além do mais, pude entregar-lhe pessoalmente as moscas atadas para ele, que ele usou e ainda pegou algumas matracas com elas. Bem bacana.

Em sentido horário: Alexandre, "Tio Luiz", Maurício, Marco Aurélio, eu. 

Os equipamentos

Para as matrinxãs, usei com muita eficácia a Sage Bass modelo Bluegill, que facilitou a vida nos arremessos embaixo das estruturas como copa de árvores, galhos e no meio de galhadas dentro do rio. O leader media aproximadamente 9 pés, em 4 tramos de 0,62, 0,50, 0,40 e 0,31 cm, com um pequeno empate de aço flexível na ponta de aproximadamente 7 a 10 cm, de 6,6 libras. As moscas, foram todas chernobyl ants de cores variadas, entre elas, laranja, verde, amarela, preta e marrom. Noto que muitas moscas são perdidas em arremessos mal feitos, pois evitamos desenroscá-las para não perder o ponto.

Para os Dourados, usei um conjunto composto por uma vara Sage #8, modelo Xi3, linha de 300 grains e moscas andinos atadas em leader de 1 metro com aço flexível de 20 libras na ponta. As cores mais efetivas foram as pretas com detalhes em vermelho e laranja ou inteiras pretas.

Os Douradinhos

Como o foco principal eram as matracas, em alguns poucos momentos tentei os Dourados e em cada uma das tentativas sempre algum apareceu. Alguns micros e outros mais bonitinhos também. Moscas de coloração negra, com laranja ou vermelho em modelo andino foram as mais efetivas considerando que o rio estava com sua águas bastante turvadas. Em algumas ocasiões matrinxãs maiores também foram capturadas nesta pescaria de Dourados.



Dourado pescando matrinxã


Matrinxãs pescando Dourado 



 Douradinhos já mais crescidinhos




Matrinxãs nas galhadas

A pescaria de matrinxã no modo como foi realizada é bastante técnica e não admite falhas. Os arremessos devem ser precisos paras as moscas derivarem dentro ou muitíssimo próximo das estruturas a fim de que a ressabiada matrinxã se disponha a atacar a mosca, uma vez que lá, ela é também parte do cardápio de enormes dourados. Caso a mosca não derive no seu  feeding lane elas não atacarão as moscas na maioria das vezes. Neste caso, ter boa mira é imprescindível, senão muitas moscas são perdidas enroscadas nos galhos eis que não é possível ir como o barco até onde ficaram presas para desenroscar, já que o piloteiro controla o barco apenas com o remo, descendo o rio, e usar o motor de popa acabaria estragando os pontos. Mesmo sem muita expriência neste tipo de pescaria, tanto eu, como o Marco Aurélio e o Alexandre pudemos contar com o Maurício que deu muitas dicas e ajudou a todos durante todos os dias revezando os barcos. Muito aprendizado prático.

Estruturas


      
Matrinxãs do São Francisco










Uma no streamer Greg's Original para não perder o costume


Marco Aurélio Tattoo






Maurício "Professor" (de pesca de matraca) e uma lepa de matraca. uhauhahuauha. 


Lions Worm 


Dr. Alexandre H.C.





Mais uma do "Professor"


Aqui o filho chora e a mãe não escuta!

Matrinxã capturada pelo Alexandre que num determinado momento foi atacada por um Dourado de peso estimado pelo piloteiro, dado o tamanho da mordida, em aproximadamente uns 10 kilos. A briga ocorria tranquilamente quando de repente a coitada disparou para baixo do barco (provavelmente assustada ou já levada pelo bichão) e pareceu que tinha enroscado em alguma estrutura submersa, pesando no fundo e dando a impressão de ser uma mega matrinxã record do São Francisco. De fato já tinha um ótimo tamanho, mas não era o que pensavámos. O bicho acabou soltando a coitadinha que veio assim ...


Extra, extra, extra
Lions Worm - Fly of the month quiça Fly of the year. Maurício e uma Matrinxã capturada na taturana!


"Cobrinha"

Paramos para almoçar e tivemos a sorte de encontrar este belo animal. Impressionante o mimetismo com o meio ambiente.






That's All Folks. Apesar dos contras climáticos, foi muito especial a pescaria para todos nós. Assim que receber as fotos dos amigos posto aqui também. Abraços, Caio